Desrazão É ter que parar de gastar Para ter dinheiro pra gastar Eis a soma da insipiência Porque sua fortuna Não está nas coisas que possui Mas naquilo que jamais venderia Ora, aquele que se vende Recebe mais do que vale E revela o seu preço Ao lhe rogarem uma prata Deveras, riqueza e pobreza Fracassaram em suscitar a felicidade Porém, quem é incapaz de ser pobre Não é capaz de ser livre Sim Pequena é a vida Se o pouco não basta Ao miserável que possui o mundo E reclama da esmola dada ao indigente Ouça, se o que deseja é ser grande Tenha um amigo de verdade Então poderá bradar A verdade é minha