Não vá lá! Diziam para Maria Euzinha no Arrozal Lá tem bicho esperto espreito em toca Não vá lá A água é feia e quente e choca e lá faz mal Não dava fé Ela pra si dizia: Hei de que vou Renegava o jeito dele ser: Sou como o Sol E bichos são enfeites, coisas para se ver Belo dia, o Sol clareou o sinal libertário para ela Colocando mais perto o cenário de sua janela E partiu, para lá, para o canto de seus tão sonhados amores E passou entre bichos e trilhas Coloridas enfeitadas de flores Ao chegar deparou com uma cobra que engolia um sapo por pouco Com uma pedrada desfez o anel de maldade que fugiu feito um louco Foi um gesto bem puro de amor, atitude não cotidiana Não via maldade nos bichos, nem tampouco entendia a humana Lá do alto, gritos de mãe aflita lhe dão sobressaltos Não viu a coisa bonita: Arrozal que vaza, perninhas para casa Pedia ao sono: Devagar, gosto do dia, você não é meu dono Sou da luz que irradia, toda coisinha Ela, Maria Euzinha Dormiu aquela noite tranquila, quase plena de felicidade Por ter conseguido chegar bem perto do arrozal-liberdade Satisfeita com tudo consigo com os bichos, com os fatos do dia Adormeceu tendo em mãos a chavinha dos gradis, dos portões da alegria Belo dia, o Sol clareou o sinal libertário para ela Colocando mais perto o cenário de sua janela E partiu, para lá, para o canto de seus tão sonhados amores E passou entre bichos e trilhas Coloridas enfeitadas de flores Ao chegar deparou com uma cobra que engolia um sapo por pouco Com uma pedrada desfez o anel de maldade que fugiu feito um louco Foi um gesto bem puro de amor, atitude não cotidiana Não via maldade nos bichos, nem tampouco entendia a humana Lá do alto, gritos de mãe aflita lhe dão sobressaltos Não viu a coisa bonita: Arrozal que vaza, perninhas para casa Pedia ao sono: Devagar, gosto do dia, você não é meu dono Sou da luz que irradia, toda coisinha Ela, Maria Euzinha Dormiu aquela noite tranquila, quase plena de felicidade Por ter conseguido chegar bem perto do arrozal-liberdade Satisfeita com tudo consigo com os bichos, com os fatos do dia Adormeceu tendo em mãos a chavinha dos gradis, dos portões da alegria