Saio de casa todo dia à noite Buscando algo que alivie o açoite Sigo calado quando aborrecido É meia noite, bebo algo e me reanimo Eu gosto mesmo do sucinto e do reto Não do veto, mais do mesmo, hermético Não tenho tempo nem mais nada a perder Já to pagando um preço alto prá viver Eu quero é viver! Eu quero é viver! Sem licença e nem hora prá chegar Provar de tudo e ter história prá contar Com o leque aberto e as cartas sobre a mesa Dentro do peito algo bate e me incendeia A lua brilha e ilumina o asfalto Criando sombras e vultos e rastros Com o peito aberto e sem muita certeza Pareço um extraterrestre nesse planeta Todas as estórias que me contam seus amigos Só me dizem o que eu não quero saber Fantasias, ilusões e mais de vinte mandamentos Que me privam do que eu mais quero fazer Eu quero é viver! Eu quero é viver! Sem licença e nem hora prá chegar Provar de tudo e ter história prá contar Com o leque aberto e as cartas sobre a mesa Dentro do peito algo bate e me incendeia Eu quero é viver! Eu quero é viver! Eu quero é viver!