Acho que têm que ser as gerações mais novas A perceber que Na cultura, o país não é só Lisboa E o resto é paisagem Eu sou do Porto, raça do meu povo Gaia Vila Nova Casta brava do meu Douro Tentaram pôr-me à prova É muita escarra Eu cuspo fogo, caralho Eu sou do Porto, caralho Eu sou do Porto Nunca fui dos que espera Para que se intera, eu corri atrás Fiz a Nova Era Caps não eram, vem dos meus calcanhares De guerra Aqui quem luta, prospera Atinge outros patamares De battle, nunca fugi da seta Eu sou quem dispara Isso é talento de quem quer virar um clássico Isto é um Ronaldo dos noventas Com barriga à Nazário Sou um 9 mágico Me'mo com o nome na praça Nunca mudarei de sítio Só transito entre o Giuseppe Meazza E o San Siro da cidade Vê-me a marcar o ritmo Robert como o Parker ou num estilo De Niro Topa o caminho O meu papiro tá a virar pergaminho Foi do meu trilho Não engoliram pois viram purga em mim Eu não papo e sou agressivo Não dou pep talk solto Se há motivo pra'a carrinho Só dou Pepe Talk, Porto Capitão tem braçadeira Dá-me a faixa do posto Que eu tô nas horas Ergam braços tipo meio dia em ponto, caralho É o GUIMA louco Eu sou do Porto, raça do meu povo Gaia Vila Nova Casta brava do meu Douro Tentaram pôr-me à prova É muita escarra Eu cuspo fogo, caralho E eu sou do Porto, caralho Eu sou do Porto Nova era é o Porto, raça do meu povo Gaia Vila Nova Casta brava do meu Douro Tentaram pôr-me à prova É muita escarra Eu cuspo fogo, caralho E eu sou do Porto, caralho Eu sou do Porto Honra Linhas são buongiorno da Camorra À velocidade d'uma metralhada Tommy Gun Fiz a capital virar Gomorra Tanto fogo Sem aviso santo, vim das sombras Tu-tudo preto Nunca fui à bola com quem guarda redes Rappers do momento, em beats, falham tempos Pra-pra-pra lamento Catedral do rap, o Porto é Parlamento Subida de andares pra'a ganhar força nos acentos Não vale a pena ingerir rappers Isso é digerir pra'a nada Promotores da parra, berram Por quem diz gerir pra'a nada Po-pontos tipo snipper Não vou dirigir pra'a nada Calibre máximo É que eu dirijo a palavra A raça d'um tripeiro Eu fui aos porcos procurar Pá, Pa-Paulinho que ainda bate Sem balizar acentos Pra'a bater noutra cidade Até no meu inglês Tu sentes o meu sotaque, caralho Eu sou do Porto, raça do meu povo Gaia Vila Nova Casta brava do meu Douro Tentaram pôr-me à prova É muita escarra Eu cuspo fogo, caralho E eu sou do Porto, caralho Eu sou do Porto Nova era é o Porto, raça do meu povo Gaia Vila Nova Casta brava do meu Douro Tentaram pôr-me à prova É muita escarra Eu cuspo fogo, caralho E eu sou do Porto, caralho Eu sou do Porto Tá tudo muito apontado pra'a Lisboa E, e os subúrbios de Lisboa Ao ponto de haver pessoal de Lisboa Que vem cá e depois pergunta O que é que vocês acham que falta ao rap do Porto? Não falta nada Falta oportunidade E falta ouvintes, se calhar De resto, não falta absolutamente nada Nós estamos cá!