Sou João filho de Maria Sou da burguesia, também da ralé Eu sou aquele que anda de carro De metrô abarrotado mas também anda de pé Sou do Rio dou de São Paulo Sou da terra do acarajé Aperto o passo rodo quase o mundo inteiro Pra bater o meu pandeiro e falar tudo que eu quiser Olha que eu ando pela rua Eu sou fiel da madrugada Onde quem morre sabe tudo Onde quem vive sabe nada, eu sou Não sou de disse me disse Por isso n ão logo quem falou Olha se disse ou não disse Eu ponho tudo em oração entrego tudo a meu Senhor Algum tempo Ele predisse que tudo seria sem valor Mas se você quer tá o certo na parada Dê sua mão a palmatória seja adepto do amor Olha que eu ando pela rua Eu sou fiel da madrugada Onde quem morre sabe tudo Onde quem vive sabe nada, eu sou