O samba chamou pra sambar No clã de bide e edgar A malandragem de primeira linha Vi seu Domingos cantar No largo do Estácio de Sá Sangrando o coração de Gonzaguinha Pra ver vencer mais um da Silva lutador Que o talento sustentou através da percussão Regendo a arte pro meu povo Vai descer o morro Pra por na mesa o prato de feijão Repique chama a convenção Que o mestre faz na contra mão revolução Partida em caixa alta É no girá é no girê, Traz carijó e Jurerê Pro coração que leva a cruz de malta Meu velho! Teu bonde é vento que atravessa gerações Do ijexá ao aguerè dos furacões Espelha exemplo de Ogan mirim O tamborim que vai desenhando a sonoridade Se dobra o rum são estrelas pra eternidade Mestre! Estou aqui pra agradecer a Deus primeiro Por ser sambista e teu nobre batuqueiro O aprendizado está marcado em minhas mãos Meu samba é prece da escola que ensina a evocar o dom Sou mais um filho da tua legião Vou bater macumba Vou bater macumba Já dizia o Malandro Que comanda a percussão A Furacão Vermelho e Branco é de arerê Viradouro tem dendê na marcação Deixa a emoção tocar o grande artista Da orquestra popular do ritmista O apito soa, o couro come, o povo grita Sou Viradouro pra cima Ciça