Voltando a falar de um assunto precário No imaginário cenário que vem Só não fale que é pro meu bem Se depois da cortina eu escuto seu ''bang bang'' Digo tey tey, otário Minha rua não é dicionário Espírito libertário não é vida de sedentário Eu só vivo disso, é visão que sei, que eu não combinei É difícil de ver esse fantasma na pista, na mente que atiça Tiriça de saia na bota vem de ontem Face a face enfrente-me, tente-me, conte-me Se subir nesse palco, não é cara metade Não aguenta a verdade então sente-se Ando sobre obstáculos, mostre seus tentáculos Ei monstro da cara fechada, o silêncio que impera é o maior espetáculo Só de estar vivo é um dom que tem Se pensar na morte é pensar também Então não pode julgar o momento que a vejo de perto Eu não minto, me apavorei Contemplei o brinde do copo amargo Sua pretensão que esmago, estrago Apago o que nem se viu e aqui de trago Um pouco do que eu indago Talvez mais um verso vago Fugindo do caos civil que aqui explodiu nossa cidade Converso com as paredes que mentem Vejo de mãos dadas a inveja que sentem E mesmo que as paredes inventem Plantei duas sementes pra que o amor as sustentem Seu mau olhado, fudido, não vai constar comigo Água benta é da torneira Eu sou bem mais negativo do que a cara feia que nunca passou fome Do que a palavra que se diz sujeito homem Lotado mas a sós, brilhante como inox Reflexo do espelho, combustão do veneno Claro do branco, a escuridão do preto Frio como cinza, clássico como vermelho Fim, início e meio, meio, início e fim Forte como jim bim, tanto faz enfim Nascido e mau criado nessa porra eu sou assim Tim tim, um brinde pra mim Mil truta, mil treta, mil fita, uma vida Mil ''loki'', mil mina, mil conto, uma bomba Cala a boca, não aponta cercado de sonda É visão de rua, se a porra de um diploma É flor do nada, fé da sombra Ligeiro com ronda que de graça mata aqui Monge de rua medita em desgraça O que a tv não falou, a rua contratou Uma madrugada no estúdio querendo nada Sou peça do dominó, então me deixe só Esperando o presente do ''bingo'' É só ajeitar que eu trinco, no beat gringo E que se foda porque essa que é a parada Não rebola na jaca caralho Fala menos e devolve meu cigarro caralho Damassa clan, não é o tchãn, terror da van Spinardi, não desacredita que eu dou um tapa no baralho É um desabafo, não me viu que eu não te vi Personalidade, a gente se vê por aqui, cuzão Não embala com seu rap de viado Meu estômago ta embrulhado Subiu verde o que eu cuspi Vila maria, eterno amante sou E o bagulho não é doido tiu, mas o bagulho é doido tia Pedra no sapato, relato no ato o fato Se é pra tacar merda esse rap é disenteria Mando rap todo dia, vadia Meu tempo é pouco, eu não posso ficar de toca Ei me poupa Você que é esperta ou muito louca? Mas não, esperto eu quando ocupo um tempinho seu ocupando sua boca Eu não to sendo sensato Andei na passarela mas antes pisei no caco ''Sensa aqui'' não encosta no cap que eu sou ésseponto rec O rap sempre foi unido? Meu pinto de snapback Desculpa se eu fui rude em dizer Falo memo, me desculpe se eu fui rude em dizer E que se foda seu teste de procede, cuzão Não da pra se livrar do lixo se o lixo for você