Iky: Sabe quando o tempo é cinza? E nada te alivia, nem dinheiro, nem a erva Nem ta junto da família Nem 'bom dia' e nem elas Nem um rolé de skate Essa paz e tão fugaz, algo impede que eu aceite Um chá que já não cura essa azia Essa mensagem que me soa tão vazia É que na real, a real nos distancia Foi mal pelo mal jeito, um novo tempo se inicia Onde a meta é ser highlander aqui não passa nada Tipo lobo solitário na beira da estrada Eu vou empilhando corpos, aguardo a emboscada Vou secando copos e sequestrando almas As ruas estão tão tensas Ruínas da Babilônia, restos de descrença Umas linguagem tão densa Quanto projétil de chumbo indo contra sua cabeça Pensa O coração não sente, o olho enxerga, ó quem chegou Se eu me tornei sombrio eu te pergunto o que sobrou? Conto nos dedos quem sobrou, é hora da obra Salvo aquele que acatou, e pra mim o que sobrou? Ein brou? Qualy: Para, escute a solidão enquanto eu relaxo Tão só que hoje o dueto é entre eu e o baixo Humanidade, um grande passo, um grande salto A chuva ainda cai do céu e o silêncio ainda fala alto Tô pra viver por aquilo que me convém O que que tem meu chapa? O mundo já é uma desordem Tanta gente em tão pouco espaço O mundo é tão pequeno, se não estão satisfeitos então "vazem" A mão na consciência e o pé na cova Vivo a margem de quem sobrou porque nós somos a sobra Sou o vinho sou a hóstia, fruto da discórdia Sou um fruto da cidade, sou uma viagem sem volta Um pingo de esperança Spvic: Pecados são opções, viver pra entender a morte Obedecer padrões se for ousar, fornecer o próprio suporte O obvio, vem com tempo não julgue-se mais forte Há fraqueza em corações, azar que parece ser sorte Escolhe: Se cala. Plantou? Descolhe Não, não queira me manter ocupado Quando são me sinto errado Elevação e desapego ao comprado Propago o contato da audição ao meu tato Quase tudo não programado, é isso Deixo ao alcance dos que ouvem, Escutem "roll over Beethoven", estudem Essa anarquia dos tons, mudem Lutem, só mentem quando houver humanidade ou um fox mulder Meias verdades em dose cheias, Maldades em nossas veias convites pra ceias de outro corrupto Eu vi guardar a ira e esquecer assunto Sua mania singular de só agir em conjunto O coração não sente, o olho enxerga, ó quem chegou Se eu me tornei sombrio eu te pergunto o que sobrou? Conto nos dedos quem sobrou, é hora da obra Salvo aquele que acatou, e pra mim o que sobrou? Ein brou? Ramiro Mart: Mais às vezes é menos uma vida temos Pouco temos, muito cremos, lemos só não para despejar Vocábulos hilários, mas vocabulários fortes Musicas ilusidas são pra elucidar Venho da curva do rio, onde a noite é frio O dia e quente e nuvens cinzas me fizeram me adaptar Hoje pro calor eu rio, amor congelado em desapego vil Nem me viu me infiltrar Bota a cara pra morrer ou pra matar Escolher também nos é imposto e resta atacar La no morro estão de AK, as minas de celular Ta tudo no Instagram, antes mesmo de estragar Ninguém mais quer pixar, quer postar O jogo tá o bicho esqueceram de apostar Preocupados com o lixo nuclear Segurem suas filhas que meus manos são os poucos Da guerrilha que na quiseram parar