A superioridade que eles sentem E exercem de forma arrogante Se junta a certeza absoluta Da inferioridade do restante Deformam sua sensibilidade Desdenham do alheio sofrimento E em sua sub-humanidade Sua crueldade é seu tormento Do outro lado é plantada a ignorância Desejos impossíveis de consumo Fazem o povo de idiota ou de criança E arrumam esperança noutro rumo São poucos com acessos a demais Desfrutam do roubado a maioria Alegam motivos tão boçais Que é clara e evidente a hipocrisia Vou buscar sentido pra viver! Excessos, privilégios e ostentações Que egoísmo, que vergonha e que maldade Apenas desejar tais condições Já demonstra o grau primário da vontade Se cada um quisesse e tomasse para si Da vida o que lhe fosse necessário Desabaria o sistema do egoísmo e aí O mundo poderia ser mais solidário É preciso trabalhar a sociedade A humanidade escolhe entre o mal e o bem É preciso dignidade e humildade Pra que não se abandone mais ninguém Se o mundo não chegou a ser assim Não posso simplesmente ignorar Não vou viver a vida só pra mim Se tenho um amor no trabalhar Vou buscar sentido pra viver! Sem me revoltar nem aderir Faço o meu olhar bem mais profundo Observar e absorver, aprender e refletir E expor meu trabalho pelo mundo E se eu for de arrasto na corrente poderosa Quero saber que andei contra a corrente Que não corri atrás de uma vida cor de rosa Ignorando o sofrer de tanta gente Vou buscar sentido pra viver Quero saber que lutei o quanto pude Que não me rendi a pressões nem seduções Que mantive em minha vida a atitude de não desejar mais que preciso E de estar sempre solidário as multidões