O chão pode ceder, o ar pode dissipar A razão pode perder, o céu pode se nublar Mão sem doação é rosa sem perfume Amor sem expor é uma estrela sem lume Braços sem abraços são como cordas sem laços Braços sem abraços são como joias em pedaços Eu entrego a minha poesia como símbolo de estabilidade Eu entrego a minha poesia com forte personalidade Eu entrego a minha poesia como semente da liberdade Eu entrego a minha poesia para que venha à tona a verdade A vaidade não me consome A minha verdade é uniforme A motivação é sinônimo de regeneração A minha voz tem o peso de uma civilização A incerteza e a tristeza dominam a humanidade A igualdade não é o código exato da felicidade. O passado não dói, aprendamos com a sua prosa O passado se foi, tiremos dele alguma coisa O hoje é uma dádiva, uma presença ausente O hoje é uma dádiva, por isso chama-se presente. A minha voz tem a força de um exército A minha voz é obra minha, e as minhas obras têm êxito Pelas obras se conhecem as sementes adequadas Nas mãos só nasce o que na alma foi plantada O tempo sem amor não cura as feridas Pães não doados são como moedas perdidas Só a depressão tem a pujança que desaba Só a morte na sua constância é macabra Só o tédio é o ingrediente, para matar Só o remédio não é suficiente para curar Tornar banal a solidão, e o adeus que não recebi Tornar fatal a escuridão, e importante o ar que consegui Tornar mortal a ilusão, sem o abraço que não tive Tornar atual a razão, e a minha música mais livre Atraem-se os opostos, cada um do seu modo A liberdade não tem o mesmo gosto para todos. O passado não dói, aprendamos com a sua prosa O passado se foi, tiremos dele alguma coisa O hoje é uma dádiva, uma presença ausente O hoje é uma dádiva, por isso chama-se presente.