Que pena o moço de hoje Que a gaita não pode ver Abria goela na tarde Se calava no amanhecer Nas munhecas do gaiteiro Esta tagarela ia Levando a noite por diante Entrando na barra do dia Ai gaitinha De ilheira esgrimada Tu foi a rainha Na colmeia da ramada Arrastou para o pecado Mocinha nova e cumadre Desmanchou e fez casamento Mais do que juiz e padre Quando a alma ia pro dedo Bolia inté tecla fanhosa Ficava com a voz macia Que nem chinoca dengosa O galo abria o bico No romper da madrugada Entrava os raios de Sol Nos buracos da ramada O gaiteiro ia no pires Limpar os pilas que tinha E na orelha do povo Se ouvia a voz da gaitinha