Fui doutrinado nos bolichos do meu chão Comungando na ponta de um balcão Ouvindo história de guerra e revolução Proeza e prosa de Arani filho ancião E ali golpeava uns gole pra me encorajar Que me enfiava na noite pra rosetar Farejava pelo vento os bate coxas Fole de gaita e o perfume das morocha Certa feita num rancho me tramelei Numa tarimba com a pinguancha me empernei Contei os dias no gargalo que tomei E a Santo Rosa com São Miguel emendei E ali deitado agarrado na parceira O som dolente de um pinico na goteira Que nem um anjo entre o céu e o inferno Eu naveguei nas enchentes daquele inverno Vivia solto no mundo sem porteira Fim de setembro eu entrava pra mangueira Ia pra lida junto com o esterco e a poeira Lá no galpão botava a tesoura na cera Fui iludido com a cidade e os luzeiros Passei no cobre a criação e os aperos Troquei o campo pra me misturar no povo E o tempo bom que eu queria voltar de novo