Sempre sem sentir Olho o mundo E me vejo só Beijo as sombras Que num momento Me adornam um Sol Criar num refúgio Um Deus em quem me acudo Enfim me acenar As horas que sublimam o pensar Guiar rumo ao leste A um céu que deserte Um filho ao tentar Sem asas, um livre voar Nem temporais verão alguma linha Pois já me retirei Se vendavais trarão alguma vida Que trago em sordidez Fechar com flor Fechar inocente flor Bater com dor Bater inocente dor Tento reagir Ao silêncio que impuro forme A tristeza que num flanco abrigar O tesouro que oculta encobre Criar um dilúvio Que ordenhe ouro puro Do sangue a girar Em voltas perdidas no mar Que banha como vulto O eterno tão confuso Que finge ao deitar Nas ondas, as ruínas do ar