Ali na varanda da velha fazenda, vivendo lembranças vendo os coqueirais O meu pensamento viaja no tempo, percorre senzalas, casas e quintais Me surge a imagem do bravo peão, domando cavalo pasto campo afora Eu ouço o rangido do carro de boi, marcando o compasso daquilo que foi A tranqüilidade dos tempos de outrora. Eu ouço o rangido do carro de boi, marcando o compasso daquilo que foi A tranqüilidade dos tempos de outrora. No fundo da mente passeia também a imagem do homem que planta o sertão Seu rosto é marcado pelo dia-a-dia, é forte e valente com a enxada na mão. Tudo foi um dia retrato do campo, que tem sua beleza ofuscada agora Pois o tal progresso no campo chegou, tomou todo o espaço e o lavrador Juntou suas tralhas, teve que ir embora. Pois o tal progresso no campo chegou, tomou todo o espaço e o lavrador Juntou suas tralhas, teve que ir embora. O cheiro do mato ficou na lembrança, de quem conheceu o campo habitado Hoje o camponês vive a ansiedade, sonhando agora o que foi no passado. Se o som de um berrante ecoa na mente, de um velho vaqueiro que está na cidade É a voz do sertão tal qual um zumbido, tocando bem fundo seu peito doído Com o som da alegria que virou saudade. É a voz do sertão tal qual um zumbido, tocando bem fundo seu peito doído É o som do berrante que virou saudade. É a voz do sertão tal qual um zumbido, tocando bem fundo seu peito doí í í do o o É o som do berrante que virou saudade.