Na viela o Sol nem nasce direito Sirene grita alto, cala o peito Mais um corpo cai sem explicação Mãe chorando, o filho no chão Quem devia proteger virou opressor O Estado fecha o olho pra nossa dor Negro, pobre, sempre o mesmo alvo Na mira da farda, o ciclo é cravado Favela em alerta, o povo desperto O sangue derramado não é mais encoberto Paz sem justiça é só ilusão Querem calar, mas vai ter revolução O medo mora no olhar da criança Cresce sem escola, mas com desconfiança Polícia entra atirando sem pensar Quem vive aqui já cansou de enterrar Mas o tambor bate, o povo resiste A favela canta, o sonho persiste Enquanto o sistema tenta silenciar A batida do reggae vai ecoar Favela em alerta, o povo desperto O sangue derramado não é mais encoberto Paz sem justiça é só ilusão Querem calar, mas vai ter revolução Não é guerra, é sobrevivência Querem matar nossa consciência Mas cada verso é resistência É voz, é vida, é consciência Rio sangra, mas também floresce Do morro nasce quem não esquece Enquanto houver opressão Vai ter batida e canção