Não importa se só tocam O primeiro acorde da canção A gente escreve o resto Em linhas tortas Nas portas da percepção Em paredes de banheiro Nas folhas que o outono leva ao chão Em livros de história Seremos a memória Dos dias que virão (Se é que eles virão) Não importam se só tocam A primeira nota da canção A gente escreve o resto Sem muita pressa Com muita precisão Nos interessa o que não foi impresso Mas continua sendo escrito à mão Escrito à luz de velas Quase na escuridão Longe da multidão Somos um exército (O exército de um homem só) No difícil exercício de viver em paz Somos um exército (O exército de um homem só) Sem fronteiras, sem bandeiras Pra defender, pra defender Não importa se só ouvem A primeira palavra da canção A gente escreve o resto E o resto é resto É falsificação É sangue falso, bang-bang italiano Suíngue falso, turista americano Livres dessa história A nossa trajetória não precisa explicação (E não tem explicação) Somos um exército (O exército de um homem só) No difícil exercício de viver em paz Somos um exército (O exército de um homem só) Sem fronteiras, sem bandeiras Pra defender, pra defender Não interessa o bom senso diz Não interessa o que diz o rei (Se no jogo não há juiz Não há jogada fora da lei) Não interessa o que diz o ditado Não interessa o que o estado diz Nós falamos outra língua Moramos em outro país Somos kamikazes Incapazes de ir a luta Somos quase livres Isso é pior do que a prisão Somos um exército (O exército de um homem só) Um bando de vampiros Que odeiam sangue Sem fronteiras, sem bandeiras Para defender Nós somos o exército (O exército de um homem só) Nem nesse exército No exército de um homem só Todos sabem que tanto faz Ser culpado ou ser capaz Tanto faz