Um, dois, três, quatro Hoje é o dia Eu quase posso tocar o silêncio A casa vazia E só as coisas que você não quis Me fazem companhia Eu fico à vontade com a sua ausência Eu já me acostumei a esquecer Tudo que vai Deixa o gosto, deixa as fotos Quanto tempo faz? Deixa os dedos, deixa memória Eu nem me lembro Salas e quartos Somem sem deixar vestígios Seu rosto em pedaços Misturado com o que não sobrou Do que eu sentia Eu lembro dos filmes que eu nunca vi Passando sem parar em algum lugar (Aqui em São José do Rio Preto) Tudo que vai Deixa o gosto, deixa as fotos Quanto tempo faz? Deixa os dedos, deixa memória Eu nem me lembro ma-, eu nem me lembro ma- Eu nem me lembro mais Um, dois, três, quatro (Vai!) Cê tá doido, Rio Preto! Todos os dias quando acordo, diz! Não tenho mais o tempo que passou Mas tenho muito tempo Temos todo o tempo do mundo Todos os dias antes de dormir Lembro e esqueço como foi o dia Sempre em frente Não temos tempo a perder Nosso suor sagrado É bem mais belo que esse sangue amargo E tão sério E selvagem, selvagem, selvagem Um, dois, três, vai! Veja o sol dessa manhã tão cinza A tempestade que chega É da cor dos teus olhos, solta a voz, Rio Preto, vai Castanhos, solta a voz, com o coração (diz, diz) Então me abraça forte Me diz mais uma vez que já estamos Distantes de tudo Temos nosso próprio tempo Temos nosso próprio tempo Não tenho medo do escuro Mas deixe as luzes (acesas) Solta a voz, canta, aê Agora (solta a voz, Rio Preto, diz aí!) E o que foi escondido, é o que se escondeu E o que foi prometido, ninguém prometeu Nem foi tempo perdido, somos tão jovens Tão Jovens, tão Jovens Somos tão jovens! (Cê tá doido!) Cê tá doido! (Cê tá doido!) Muito bom! Essa não precisa nem repetir