Laiá, derarundê lalaiá Laiá, derarundê lalaiá Santo pai, quantas vidas jogadas na seda Viraram cinzas, deixando tristeza E ajuda quem pode, da forma que queira Pois tá ardendo mais do que pinga de feira Labuta diária se despiu da beleza Tirando a importância do pão em muitas mesas Esperamos água pra limpeza As outras passadas deixaram sujeira Deixaram sujeira Laiá, ô laiá, derarundê lalaiá amém Laiá, ô laiá, derarundê lalaiá amém Vejo a fome batendo em portas alheias Se isso não me incomoda, onde tá a doença? Das unhas se orgulha por tanta sujeira Sei bem quais os vermes que estão à espreita Cuspindo na cara, tentando entreter Usando a desgraça pra se promover Quando tudo findar, aí que eu quero ver Usar sua patente pra alma não padecer (Pra alma não padecer) Laiá, ô laiá, derarundê lalaiá amém Corpo fechado, não vou me entregar Procuro pisar aonde vão me abraçar Caindo é o processo, caído é o concreto Perdi tudo só pra me renovar As águas passadas não vão me abalar Nascemos sem nada só pra te lembrar Que nossa desgraça não te faz ganhar E se não há remédio, remediado está Sai da reta, minha superação quer passar De queixo erguido, pulmão puro ar Cortinas abertas, verme oportunista Porque nosso show vai começar (Vai começar) Laiá, derarundê lalaiá amém (amém) Laiá, derarundê lalaiá amém (amém)