Num manto de poder, demônios emergem Traçando tramas sujas, onde a honra se perde Eles erguem catedrais com pilares de engano Enquanto a verdade tomba, eles contam seus ganhos No cemitério das promessas vãs, eles avançam Sob a luz mortiça da confusão que proclamam As almas puras, nem sempre são perdidas Mas as bestas riem, da sua própria injustiça Cães, Serpentes, vestidos de terno e gravata Devoram a esperança, como abutres na mata Eles fazem dos cemitérios seus palácios Enquanto as cidades definham, em seus abraços Nas catacumbas do poder, segredos são enterrados Em redes de mentiras, os sonhos são sepultados Eles sussurram nos corredores, pactos obscuros Os túmulos se multiplicam, como frutos maduros Cães, serpentes, disfarçados de estadistas Semeiam a discórdia, são ervas daninhas na pista Eles fazem das cidades seus campos de batalha Enquanto os sonhos dos inocentes se estilhaçam