Na porteira do destino Lembro todo o meu passado De quando eu era vaqueiro E trabalhava com gado Na casa onde eu morava Nem a madeira sobrou As portas se apodreceram Veio o cupim e devorou E ali só mora saudade Pois foi o que me restou E como eu posso esquecer Do meu cavalo ligeiro O meu cachorro perdigueiro Que tanto me ajudou Os bois, o carro e a canga Só a saudade ficou Eu lembro o meu chapéu de couro Luva, perneira e gibão Meu par de espora amolado A bainha e o facão Assim era a minha vida De vaqueiro do sertão Assim era a minha vida De vaqueiro do sertão Lembro currais e cancelas Açudes e bebedor Os bois, o carro e a canga Só a saudade ficou Os bois, o carro e a canga Só a saudade ficou E como eu posso esquecer Do meu cavalo ligeiro O meu cachorro perdigueiro Que tanto me ajudou Os bois, o carro e a canga Só a saudade ficou Os bois, o carro e a canga Só a saudade ficou