Cê já viu passarinho com pressa? Nem eu, só curto o vento (Ah, balança que passa!) É tipo cacho de manga madurando no Sol Tô passando devagar, só no controle do som Quem disse que pressa é presságio? Me embalo na maré e danço–viagem! Já tropecei no tapete da sala Agora deslizo até de meia furada Riso solto no armário, pego leve nas perdas Se não deu certo não era minha moeda (Eita!) Roubei risada da chuva na calçada Troquei desânimo por semente planta na enxada Balança que passa! Tudo se ajeita na dança! Já fui bolha de sabão, já fui lata vazia Hoje sou galope daqueles, dou risada na subida Me disseram que a vida não avisa quando vira Mas já fiz pirueta em ventania, quer mais mira? Invento moda pra burlar a rotina Deixo o medo na mochila, levo só rima fina Se tropeçar não esfarela quem já virou farinha Agora junto os miolos para as ideias novinha (Ó lá!) Atravessei filade pão, abraço apressado Agora abraço tempo, até o relógio cansado Balança que passa! Tudo se ajeita na dança! Entre um gole de café e um meme rachado Descobri que sucesso não se apressa, se acha no atraso Se alguém duvidar, já deixa recado Recupero alegria, igual esqueço recado! Balança que passa! Tudo se ajeita na dança! Se o tropeço veio, só ri e disfarça Porque no passo dançado, todo mundo se embala! (Balança que passa!)