As 5 da manhã, ela acorda sem saber de onde surgiu Levanta cansada, se espreguiçando sobe-lhe um arrepio Ela se arruma, pensando em como vai pagar seu senhorio Se vê em um espelho, há apenas um olhar profundo e vazio As 5 e 33, ela perde o seu ônibus mais uma vez Já está exausta, se questionando de sua lucidez Não aguenta mais nada, nem o seu chefe com sua rispidez Pobre secretaria, não quer mais ouvir tanta estupidez Todo dia é igual Acordar, trabalhar, não pensar, não parar Isso é factual Esse 6x1 ela tem que encarar Isso é anormal Todo seu cansaço ela vai mascarar Esse ato é letal Se continuar ela vai se afundar As 8:25, ela vai ter que encarar aquele maldito Toma coragem, ver o seu chefe zangado já é quase um rito Que ingenuidade, qualquer conversa vai virar conflito Uma citricidade, esse atraso o deixou aflito Todo dia é igual Acordar, trabalhar, não pensar, não parar Isso é factual Esse 6x1 ela tem que encarar Isso é anormal Todo seu cansaço ela vai mascarar Esse ato é letal Se continuar ela vai disparar As 12:31, ela perde o seu senso comum Entra na sala, pegando pra ele um copo de rum Quebra a taça, sabe muito bem que ele é um bebum O ameaça, com muita coragem e sem medo algum Todo dia é igual Acordar, trabalhar, não pensar, não parar Isso é factual Esse 6x1 ela tem que encarar Isso é anormal Todo seu cansaço ela vai mascarar Esse ato é letal Se continuar ela vai se matar