As veias abertas da minha rua Me contam histórias de um rio que existiu Ali na cigana fazia a curva E toda encruza partia pra lá Só pra ver o rio passar Só pra ver o rio passar Só pra ver o rio passar O rio passar Só pra ver o rio passar Só pra ver o rio passar Só pra ver o rio passar O rio passar Todo dia era 2 de fevereiro E a água provia pra se viver Meu porto deixou de ser o cruzeiro E o rio começou a endurecer Ninguém viu Água passar Ninguém viu Água correr Ninguém viu Água passar Água passar Ninguém viu Água passar Ninguém viu Água correr Ninguém viu Água passar Água passar Desde que o rio se foi E eu só vejo estrada velha Rezo para meu senhor (minha mãe) Pra que eu nunca vire pedra Pedra, pedra rolou Desde que o rio se foi E eu só vejo estrada velha Rezo para meu senhor (minha mãe) Pra que eu nunca vire pedra Pedra, pedra rolou