Nasci em terra de um povo valente Não sei o que é ser perdedor E os pés cansados, descalços Em um chão ardente Me lembram bem quem eu sou Vou enfrentando o semiárido Consolidando a Valentia de um boi Minhas raízes e aprendizado Carrego no meu peito esse legado Reisado, boiadeiro a cantar Espalhando a arte no meu sertão Com a fibra de sisal em minhas mãos Transformo a seca em fartura como uma artesã Vou seguindo nessa estrada de chão Com meu gibão de couro e chapéu na mão A minha fé é minha consolação Vou lutando e hei de ser um campeão Uuh, oh Uuh Um campeão