Ecoam gritos no silêncio da sala As palavras cortam mais do que a faca Sinto o peso de cada olhar vazio A pele arde, mas o coração já está frio Quem disse que o tempo cura tudo? Algumas feridas não se fecham nunca E eu grito, mas ninguém escuta Carrego marcas que o espelho oculta Me afundo, mas ninguém percebe No fundo eu só queria ser forte outra vez A dor dança comigo feito sombra A saudade grita, mas ninguém responde Eu tento apagar, mas sempre volta A lembrança é um golpe que nunca solta E se eu sumisse, alguém notaria? Ou eu só sou mais um nome na poesia? E eu sussurro, será que alguém ouve? Carrego marcas, mas sigo em frente Me reconstruo, mesmo em pedaços No fundo, ainda quero ser forte outra vez