Sou babuino, sou chato, sou cretino Sou arcaico, sou careta, sou menino Vivo na favela, sentinela, sou barato Ando na banguela e por ela sou escravo Que suja essa cidade, é verdade, é real Quem diga a humanidade, crueldade é igual Dentro das pessoas não importa a sua crença Dentro de sua casa habita a violência Onde estão os homens Onde estão as mulheres Onde está a verdade Ninguem a reconhece Não chore, não implore, não escolhe, se devore Não perca, não esqueça, não se deixa, se proteja Não durma, não descance, não cochile, fique em guarda Não fuja, não viaje, fique aqui, não faça as malas