Quando a manhã se rebolca no serenal do potreiro Clareando o pago fronteiro, cacho atado a Cantagalo Se o dia vem de a cavalo, luzindo o aço da espora Já me agarra campo afora de armada pronta pra um pealo Pelas ondas fogoneiras arrocinei meu destino Fui assim desde menino, sono escasso e madrugada E uma amplitude sagrada velando as noites serenas Que refletiam minhas penas do espelho das alvoradas E uma amplitude sagrada velando as noites serenas Que refletiam minhas penas do espelho das alvoradas Sempre fui madrugador, mateio antes do dia Pois quando o galo anuncia já ando até de tirador Me acomodo num fiador, d'onde a pata não refuga Deus ajuda quem madruga e eu tenho fé, sim senhor Cheiro de garra e galpão, fogo de chão, yerba buena E a campeira cantilena da cambona nos tição Lá fora rompe o clarão da linda estrela boieira Que trouxe a Lua matreira pra se banhar no lagoão Quem salta cedo do catre tem mais um ganho na lida Se ajeita as coisas da vida com calma e tempo de sobra Neste fundão se desdobra, meio bicho, meio gente Pra encarar o Sol de frente tapeando o foia de abóbra Neste fundão se desdobra, meio bicho, meio gente Pra encarar o Sol de frente tapeando o foia de abóbra Sempre fui madrugador, mateio antes do dia Pois quando o galo anuncia já ando até de tirador Me acomodo num fiador, d'onde a pata não refuga Deus ajuda quem madruga e eu tenho fé, sim senhor