E, estando Pedro embaixo, no átrio, chegou uma das criadas do sumo sacerdote E, vendo a Pedro, que se estava aquentando, olhou para ele, e disse Tu também estavas com Jesus nazareno Mas ele negou-o, dizendo: Não o conheço, nem sei o que dizes E saiu fora ao alpendre, e o galo cantou E a criada, vendo-o outra vez, começou a dizer aos que ali estavam: Este é um dos tais Mas ele o negou outra vez É difícil caminhar sem tropeçar É difícil ao lado dele permanecer É difícil calar a voz pra te ouvir É difícil aceitar O que fez o filho teu Pendurado numa cruz morreu, para nos libertar Depois a morte ele venceu mostrando que Não existe nenhum mal que eu não possa enfrentar Meu escudo é o teu amor e é com ele que vou lutar Vem Se você quiser vencer Comigo vem Tem anjos a nos defender por isso vem Na frente eu vou combater e te digo Vem Que essa guerra eu vou vencer Por nosso rei E pouco depois os que ali estavam disseram outra vez a Pedro Verdadeiramente tu és um deles, porque és também galileu, e tua fala é semelhante E ele começou a praguejar, e a jurar: Não conheço esse homem de quem falais Tem tantos que não querem amar Tem tanto mal ao teu redor Quantos mais vão te negar Crescendo o ódio e o rancor E quem precisa combater Todo homem que acredita que é o amor que vai vencer Que o bem vai triunfar aqui E não existe nenhum mal que eu não possa enfrentar Meu escudo é o teu amor e é com ele que vou lutar E o galo cantou segunda vez E Pedro lembrou-se da palavra que Jesus lhe tinha dito Antes que o galo cante duas vezes, três vezes me negarás E, retirando-se dali, chorou