Todo mundo fala que eu não presto Eu não quero acreditar pra não lidar com isso de novo Eu tenho 20 e tantos anos, pra tantos problemas Crendo ser engano e amenizando todos os danos em cena Desse filme que é minha vida, que sorte que eu sei cantar Porque atuar, tá ficando difícil de aturar Tanto personagem em tela, pinto em aquarela Tá faltando mais espaço pra preencher nessa tela Que sorte, o meu amigo músico é médico Por isso que a gente não morre de tédio Escrever com você foi o meu melhor remédio E agora, que eu vivo em trilinhas e versos Pra cada canto, eu canto pro universo Essa saudade porta fora Esse ano eu faço 25, já cansei dessas 25 frases que eu sempre digo Amigo que escuta fala: Ítalo, eu me identifico E eu me pergunto se há sentido nisso tudo (não) Mas vamo acorda, já bateu sua cota de área de sonho O escritório aguarda, sou piada, "ala o cara estranho" Minha chefe me odeia, algo em comum, eu não me amo Tem salário atrasado, eu nem me lembro quanto eu ganho Que sorte, o meu amigo músico por perto O tempo passa, a rotina entristece Acho que você salvou minha pele Da morte lírica que sempre me persegue Ler poesia é desafio árduo Viver sem ela arde a minha febre