Valentino Era ainda um menino Mas sabia de pequeno O que ia ser quando crescer Ele adorava O Quentin Tarantino E os filmes de bang bang Que assistia na TV Sempre correndo Pra cima e pra baixo Num cavalo imaginário A ponto de enlouquecer Sempre dizendo Que era um fora da lei E o xerife da cidade Ele botava pra correr E assim Esse menino foi crescendo E realmente se tornando O que queria ser O Coronel Valentino Virou um cabra da peste Conhecido no nordeste E Coronel do Piauí Ele atirava Primeiro num joelho Depois dava no outro Que era pro cabra sentir Não respeitava Capitão nem general Presidente nem tenente Promotor e nem juiz Ninguém falava Ninguém ouvia nada Pois quando ele queria Marcava o chão com xis Ele dizia Que era da Federal Não tinha medo de jornal E que mandava no país Ô, Coronel!!! Valentino Era um cabra temido Sua ordem era lei E ele falava assim Pegue o cabra Dê-lhe uma pisa de faca Bote ele pra correr E depois solte o Pit Bull Diga pra ele Aquele filho da puta Se ele me fizer desfeitas Ele vai tomar no cú Enquanto isso Duvidava da justiça Fumando seu charuto E tomando Red Bull Numa cadeira Com as pernas cruzadas Diante da piscina E olhando o céu azul