Na ida pra roça ajeito a comida, e vou preparado enfrentar a lida Pois sei ela é bruta Tô acostumado não ter aperreio, o meu embornal dependuro no arreio De lado à garupa Chamo meu cavalo com um assovio Ele é bom de sela no qual eu confio Pro meu companheiro, o peso é maneiro, não causa estropio Eu tenho cultivo na beira da serra, derrubei a mata ali onde a terra É das mais batuta Espero a chuva depois que semeio, as bênçãos do alto trarão porque creio E nada me assusta Eu plantei do lado um pé de bananeira Com o tempo só foi aumentando a touceira Na sombra descanso na hora que canso do Sol na moleira Nas covas sementes vou deixar plantado, muitas de abobrinha também de quiabo Que a gente desfruta Dessa produção quando vem a colheita com a vizinhança a gente se ajeita Fazendo permuta A lida é pesada, muito desafio Mas levo de boa, a enxada eu afio Trabalho na manha, alegria tamanha talvez nunca viu Na ida pra roça ajeito a comida, e vou preparado enfrentar a lida Pois sei ela é bruta A lida é pesada, muito desafio Mas levo de boa, a enxada eu afio Trabalho na manha, alegria tamanha talvez nunca viu