O sentimento que aclamo nas linhas de minha escrita São versos que de improviso a inspiração me incita Palavras que ofereço na forma que eu encontrei Ao ficar tão encantado voltando ao mais verde prado A terra onde me criei Magias da natureza, e o simples que traz prazer O Sol ofuscando o olhar no início do amanhecer A água vertendo calma, tranquila em meio as nascentes O rio que vai sinuoso em curvas bem vagaroso Descendo sem ter correntes O cantar de passarinhos nos primeiros chuvisqueiros Quando o aroma da poeira molhada vem dos terreiros Dos galhos que ante o inverno em meio a uma longa espera Os brotos se fazem flores e vem alegrar de cores O início da primavera Pelos olhos são gravadas paisagens que não se esquece A mata em sua imponência onde o verde prevalece Vejo caminhos estreitos, a estrada, a velha cancela Do antigo curral se vê do lado da cerca o ipê, ipê da flor amarela E a parede da sala, rachada mostrando a idade Deste casarão que hospeda também a minha saudade A escadaria, o assoalho de tábua sobre o porão Imagens notórias de minha história não são ilusórias, minha trajetória indica o sertão!