Ao passar outra vez por aqui e rever este antigo lugar O meu pranto caiu de repente sem que agora pudesse evitar O ranger desta velha porteira no momento em que ela eu abria Fez molhar o meu rosto com gotas que denotam a melancolia E parece que dentro de mim dobradiças também se contraem Não contenho os impulsos na hora que soluços de meu peito saem Com o batente agora comparo a minha alma um pouco cansada Sem tramela a porteira batendo me machuca a cada pancada Vejo ainda gravado nas tábuas os entalhes que fiz na infância Coração trespassado por flecha simboliza a paixão de criança Vi que o tempo impiedoso não pôde desgastar o antigo mourão Que resiste ao poder corrosivo enfrentando esta força do chão Meu distante tempo de menino se perdeu nos caminhos da vida As lembranças retornam às vezes, e de novo me abre as feridas É uma pena que eu não possa ser o mourão de madeira de lei Resistente pela natureza, imponente na sua firmeza não conhece a dor da tristeza de lembrar o lugar que deixei! Ao passar outra vez por aqui e rever este antigo lugar O meu pranto caiu de repente sem que agora pudesse evitar