Eu não me canso de ver quando começa chover, no meu pedaço de chão, E só trovejar primeiro vejo logo meus carneiros já correr pro barracão, Tem às vezes alguns dias que ela vem de ventania que até deita o colonião Após o mormaço ardente que vem dessa tarde quente derramar em profusão, Bem do lado da soqueira escorei as bananeiras que já tão em produção, É pra protejer os cachos, as galinhas vão pra baixo do assoalho do galpão, A que agora tem pintinhos coloquei bem com jeitinho lá debaixo do fogão, Correndo mariazinha pega as roupas que já tinham secado com o calorão, A força da enxurrada descendo cortando a estrada vai derrubando torrão, Em meio essa acumulada, tem garrancho e folharada, rodando pro ribeirão, A enchente que vem dela chega pular na pinguela mais ela não roda não, De um lado estaqueada e do outro é amarrada no pé de barbatimão, Não tem nada igual sentir esse cheiro agora vir da terra que foi molhada, Depois do aguaceiro saio pra ver o tropel do baio correndo em disparada, Os passarinhos cantando, a porcada já fuçando a grama toda encharcada Quando a chuva no horizonte vai sumindo atrás dos montes numa viagem sagrada!!! Quando a chuva no horizonte vai sumindo atrás dos montes numa viagem sagrada!!!