Quem sou eu, se não o pó que as tuas mãos tocaram? Se não a alma que em amor levantaste? Eu era escravo ou servo, mas fui feito filho, O teu amor me preenche! Com sua voz, rasga o mar e acalma o vento Que governa o tempo e lê meu pensamento Em Patmos, em Nínive, ou no ventre escuro Tua presença me alcança, fiel e seguro Quem sou eu, se não o pó que as tuas mãos tocaram? Se não a alma que em amor levantaste? Eu era escravo ou servo, mas fui feito filho, o teu amor me preenche! Tua voz me chama a viver além do medo A romper o silêncio com fé no segredo O Teu Espírito É fogo que consome as minhas dúvidas És o Santo, o Leão, que me chama pelo nome Se me sonda e me limpas com verdade É porque me quer por inteiro Faz em mim Tua vontade, usa-me como arauto Me esvazio de mim mesmo Mas em Ti sou livre, sou filho amado Sou templo de um Deus que nunca é negado É o General que nunca perdeu batalha E eu sou Teu, herdeiro da graça que não falha