Eu era íntegro, justo entre os meus Sacrificava pelos filhos, e orava pelos meus Mas um dia a dor me visitou E tudo o que eu era se quebrou perdi o nome, perdi os bens Os amigos viraram juízes também Meu corpo ferido, minha alma em ruínas E minha oração ecoava sozinha clamei no escuro, não tive resposta Pedi por alívio, mas só aumentava a prova A mulher que amava me mandou desistir Mas mesmo sem forças escolhi insistir O céu ficou em silêncio, mas não me abandonou A luz parecia ausente mas ele me observou Cada lágrima contada, cada gemido Faziam parte da resposta que ele não deu Quem disse que fé é sentir? Eu aprendi foi a resistir Quando não ouvia a sua voz Foi ali que ele mais cuidava de nós Quem disse que fé é entender? É confiar mesmo sem saber Mesmo no pó, eu vou dizer O meu redentor vive, e vai me erguer Fui provado como ouro no fogo Fui moído sem saber o motivo Mas não desisti da adoração Mesmo sem entender, dei, lhe meu coração Hoje entendo o que não vi no escuro O silêncio dele era o meu escudo E se eu cair de novo, vou lembrar O justo, mesmo em cinzas, pode adorar Eu o conhecia de ouvir falar Mas agora eu posso enxergar Ele me feriu pra me sarar E me provou pra me revelar