No lamento No pranto Sê chora Indignação Nós somos do guêto Rolê de menino Sem a servidão Trago na pobreza O retrato da mesa O prato secou Que sociedade Não liga pra gente Nem nos apoiou Na minha história O medo da bala É bem natural Sou negro, mulato! Não sou marginal Com perseverança Veja minha gente Sem qualquer encrênca Não sou azulão! Nem malevolência Somos vidas negras! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Somos vidas negras, aê! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Por favor! Pelo amor Meu senhor Tire essa dor Socorro! Sou sofredor Negro eu sou Chega de dor Somos vidas negras, aê! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Somos vidas negras, aê! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Com alegria Ser ver inimigo O canto alcancou Com muita energia Do branco e do preto Unir sua cor Indiferente A luta do preto A continuar Fome é lamento A sociedade precisa mudar Negro sofredor Com fome aguarda Ao menos um pão Não vire as costa Seja consciente Mas dê atenção Povo sofredor Alimenta na cor Unir os irmãos Com quantas colheres Comidas que queres Sim, saciarei Fome não terás O branco da paz Vivenciarei Comida no prato Nunca mais vai faltar Sem haver discordia Pensando na cor Fartura terá O povo ai sim Trouxeram comida Festa sem mistério Agora o preto Com esse projeto Estende a mão Trazendo amor Com todo o defeito Que tem a nação Somos vidas negras Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Somos vidas negras, aê! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Por favor! Pelo amor Meu senhor Tire essa dor Socorro! Sou sofredor Negro eu sou Chega de dor Somos vidas negras, aê! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Somos vidas negras, aê! Somos vidas pretas Somos preto, amarelo Viemos do índio Da natureza Por favor! Pelo amor Meu senhor Tire essa dor Socorro! Sou sofredor Negro eu sou Chega de dor