Repontei na noite de luar crescente Tropilha de sonhos pra domar saudades Pelo olhar sereno das lembranças tuas Que amaina a alma quando o peito arde Gritaram angustias pelas madrugadas E o sal dos meus olhos se tornou um rio Num caudal que salga as minhas palavras Ecoando o silencio de um rancho vazio Sem esses sorrisos que bebi de amores Em noites de lua depois dos arreios Calei a guitarra pra abrandar as dor Pois o coração vinha mascando o freio Encilhei um baio pra cantar quimeras Saudoso dos mates que tua mão cevou E a tristeza potra que na primavera Transcendeu o tempo que nos separou E a flor que colho num campo enfeitado Pra cumprir promessas de amor sem fim É adorno a cruz com teu nome entalhado Que também sepulta um pouco de mim E onde estiveres, sol do firmamento A felicidade ainda assim me espera Pois sei que renasces no meu pensamento Quando a solidão tem cismas de tapera