Sou cangaceiro do mato, sou consequência da vida Minha caneta é o rifle, minha leitura é perdida Minha história foi escrita com tiros de precisão Com punhais e cartucheiras, revólver e rifle na mão Ô, lampião, êo Fugi muito de emboscadas, que me pus em capoeiras Escapando das volantes, matos fechados, ladeiras Nessa lei vive o mais forte, o perigo é a traição O valente é diplomado, nas camadas do sertão Ê lampião, ô Tem corisco, sabonete, moreno e azulão Vinte e cinco, candeeiro, marinheiro e mergulhão Ô, lampião, ô-ô