Sagrado Rancho Crioulo Perdido na soledade Aromas pelo interior Fragrâncias de liberdade Te transformando em tapera Para rimar com a saudade. Ao te crismar de silencio Na estampa mais primitiva As almas que te habitaram Estão de certo ainda vivas Em charlas de roncos de mate As percepções sensitivas Tapera tua dor é minha, temos o mesmo sistema Viver de sonhos perdidos na busca do mesmo tema Ao garimpar teus escombros pra transformar-te em poema A uma indecifrável magia Onde a alma busca alento O meu ser liberta o ego Convergindo pra o teu centro Ao apequenar-se a matéria Para agrandar-me por dentro E ao emigrar nossa gente Vejo ruir teus esteios E o sonho dos insensatos A se apossar do alheio Tentando botar no campo Alienígenas ao meio Tenho energia pagã Que só a oração eternece Não profanai a memória Que o próprio tempo agradece Por isso que te ofereço Meu verso em forma de prece