Trago na alma a perícia Para fazer meus cavalos Conheço o vento que sopra E a hora buena pra um pealo Pede benção e se estira E, de vereda, embuçalo Já me vejo com uma linda Na anca do meu cavalo Foi Don Antônio Trindade Que me entregou um tostado Florão de potro oriental De sangue muy afamado Domado se fez cavalo Batizado temporal Um flete com toda a estampa Pra um basto de general Mouros, rosilhos, gateados Quantos pelos, quantas marcas Que sentei garras domando Neste destino monarca Fiz cavalos pras estâncias De trompar e cruzar por cima De laçar boi campo afora E doce pro andar da china Que lida bruta, parceiro Que eu não troco por nada Carculo que vim pro mundo Pra lidar com a cavalhada O vício domina o índio Que tem coragem e paciência Espalhei meus bem-domados Pra carregar a querência