Não,não,senhor sigmund freud, Nem venha com essa história De que eu sofro De uma mórbida melancolia, Ou então de uma maníaca neurose depressiva! É a mais pura banalidade Dizer que sofro de ansiedade Seguida de crises obsessivas, Essa explicação já virou futilidade. Aí,você vai tentar dizer Que tenho um trauma de infância psicótico, Nada disso,freud! Você não me explica Porque você não pode! Não há Ninguém neste mundo Que possa explicar A razão do meu vício Pelos extraterrestres E por outros alienígenas, Muito menos minha amarga mania De querer só quem me repudia. E não me venha Com suas fúteis terapias regressivas Que não resolvem coisa nenhuma! Tente explicar meus sonhos De velhas mortas nos caixões E naves caídas nos oceanos! Não quero desabafar, Quero que fique tudo guardado Em minha recalcada mente Nessa asfixia demente! Pois só alcançarei a cura Quando eu estiver na catacumba! Casarei com as caveiras dos piratas Que estiverem naquele navio fantasma. Lamento,senhor freud, Mas esse é o fracasso da psicanálise, Pois nem você, Nem todos os psicólogos unidos Aos melhores psiquiatras Poderiam explicar minha paranoia exagerada!