Ela diz que eu sou dela e ela é minha Mas ainda não diz no papel Tenho conta e carteira assinada E um terreno comprado no céu Eu conheço as letras já todas Só palavra comprida eu não sei Pra o que eu quero na vida me basta Os baios que eu mesmo amansei Sou campeiro dos buenos e antigos Pra qualquer precisão da campanha Corto lenha e aparto em rodeio Vez por outra golpeio uma canha Pego cedo na doma dos potros Que conheço as manhas que tem Os que ficam bem manso eu garanto Os que dão caborteiro também Quando posso me largo pro povo Num trancão de saudade eu me apuro Pra rever minha flor de roseira Que me espera encostada no muro Quando posso me largo pro povo Num trancão de saudade eu me apuro Pra rever minha flor de roseira Que me espera encostada no muro Já imagino nós dois na varanda Fim de tarde depois da encilha Bolo frito e um mate com jujo Escutando um radinho de pilha Casa simples, tapete na porta E um terreno pro baio pastar Mate bueno, me sobra um abraço Melhor vida eu garanto não há Tenho planos pra no fim do ano De juntar minhas coisas com a dela Eu já tenho um baio enfrenado Que é pra dar de regalo pra ela Mas pro bem dos pecados eu garanto Largo a vida de baile e noitada Ergo um rancho no pátio do lado Pra nós dois esperar as madrugas Vendo uns baio e acomodo os outros E os velhaco eu amanso na estrada Pra o que eu quero na vida me basta Um ranchito, minha linda e mais nada Vendo uns baio e acomodo os outros E os velhaco eu amanso na estrada Pra o que eu quero na vida me basta Um ranchito, minha linda e mais nada