Tacuapi - gomo de cana Falquejado de taquara Por minha artéria dispara O sangue verde que irmana! O pai tupã guarani Nos primitivos rituais Te batizou "tacuapi Para o licor dos ervai! Nos lábios de uma guria Ou na boca de um ventena Meu trono é a cuia morena Quando a mão me acaricia! Agora - de prata e ouro Ou de alpaca - simplesmente Sigo sendo a confidente Do mal de amor e namoro! Hoje - na beira do povo Na miséria do casebre Inda guardo a mesma febre Mas nada volta de novo Então sou clarim de guerra Fazendo roncar o mate E fico a pensar na terra Que eu entreguei sem combate! O mate se desencilha Já não tem água a cambona Só me resta na boquilha O beijo da minha peona!