Na testa do meu país O rio uruguay caminha E vai traçando uma linha Ao cantar dos bentevis Guardando os velhos perdiz Ao longo de tantos anos Surrado pelos minuanos Sempre liberto e feliz! Falquejo de puro cerno No garrão continentino No verão - de pala fino Poncho branco no inverno Cruzando altivo e fraterno Com flores na primavera Que jamais será tapera Porque já nasceu eterno! Rio grande - que ninguém dobra E não inverga nem lasca Nessa imponência de guasca Que dança em baile de cobra É contra qualquer manobra Conhecedor do caminho Amor - respeito e carinho Se cheguem que tem de sobra! Foi assim desde o passado Quando demarcou fronteira Desfraldando uma bandeira Como pastor e soldado No velho pago sagrado Que um outro igual ninguém pare Porque não há quem separe O que nasceu separado! Libertário do início Já nasceu independente Encarando o Sol de frente Toreando a morte - por vício A vincha no frontispício E a chilena no garrão Sempre de lança na mão Nas horas de sacrifício! Querência que a gente adora País - país dos países Matriz - matriz das matrizes Nas madrugadas de outrora E o mesmo de sempre agora Que morre mas não se entrega Amor que ninguém renega Quem renegar - que vá embora!