Foi sempre assim no campo aberto, muitos anos Guardando as linhas da fronteira que empurrava Os índios, tigres, as peleias, castelhanos Primeiro sempre quando a pátria me chamava Mas o descaso do império cresceu Tanto que alcei um grito de que querência e geografia Compondo um hino de legenda no meu canto Que fez tremer de cima a baixo a tirania Choraram mães, pelearam pais, irmãos e filhos Porque aos tiranos pouco importa a dor alheia E andei dez anos no calvário da peleia Na guerra santa dos monarcas dos lombilhos Até o negrinho das formigas compreendia No pastoreio meus anseios de índio guapo Em cada nota do meu canto que dizia Que eu era pátria, era rio grande, era farrapo Levou dez anos para entender a monarquia Essa epopéia que escrevi de lança em punho Que a história presta com respeito o testemunho Que era ser pátria apenasmente o que eu queria Hoje quer seja funcionário, ou operário, ou da cidade Ou da lavoura, ou do rodeio Antes os que aviltam o trabalho e o salário Se me obrigarem a escolher volto e peleio