Depois de tempo Muito tempo ausente Volvi, teatino Pra querência velha Meu baio ruano Ia trocando orelha Como com pressa De chegar na frente! Horas perdidas e caminhos gastos Atrás ficaram horizontes largos Que o tempo largo Vão ficando Amargos na cantinela Do ranger dos bastos! Olhares turvos De bombear querências Na reculuta De tropeadas findas E olheiras roxas De xiruas lindas Que se quedaram Lagrimando ausências! Sombras errantes De sesteadas mansas Água azulada De vertentes puras Largas pupilas De encurtar lonjuras E almas vaqueanas De adoçar lembranças! Quem vira mundo Sempre tem começo E larga tudo Pra pegar a estrada Gastei o tempo sem pensar em anda E faltou plata pra pagar o preço!