Mano, duas noites sem dormir Uma eternidade sem acordar Sonhos sempre estão aqui Mas não tenho dispor pra realizar Aquela noite passada cê me ligou Eu me lembrei, de todas as promessas que eu te fiz Dois anos atrás quem me fez feliz No presente não está mais aqui No futuro mano nem sei qual vai ser O que tiver que ser, a vida me ensina a desenvolver O que vou aprender pra sobreviver Nos traços de um caminho que vou me perder Destilados, deste lado, te obrigam a ser no mínimo esforçado Se quiser chegar do outro lado, você tem que ser o melhor do estado Me parece bem cansado Consequência de mal que a vida tem causado Corre pra não chegar atrasado Pra não desenvolver o seu lado frustrado Quem corre sente, o cansaço psicológico Se eu quero sair dessa? Eu respondo: É lógico Momentos felizes, saudades demais Me sinto degradando em estado biológico Tentando me encontrar nesse caminho Procuro não olhar muito pra trás Tudo que eu fiz eu fiz sozinho Nunca precisei de alguém mais E eu sei que talvez, um dia isso passe E das lágrimas choradas nem vou me lembrar Mas as feridas que agora queimam Estão distantes de cicatrizar Eu sei parece chato, todo dia um discurso meio abstrato Sentimento isolado, atrasado Que talvez um dia possa ser libertado Fitando esse relógio lento, sonolento Perdidos pelo tempo Nós somos talentos Malditos pensamentos Estão dizendo Palavras que eu continuo não entendendo Será que cê não sente Toda essa melancolia que é decorrente Dessas perguntas persistentes Tão doentes? E ninguém nunca me deu uma resposta convincente Então me deixe aqui no meu quarto Talvez o que eu precise é chorar um bocado Não acho que entenda o que eu tenho passado Nem acho que esteja um pouco interessado Só sigo nessa vida desorientado Com a mão no rosto sem poder olhar pro lado Esperando o meu chamado