O tempo se curva em ruelas caladas Ecos de mim reverberam no ar Sou vulto que valsa com luz apagada Num rito que ninguém ousa nomear E eu sigo, sem mapa, sem nome entre signos Velados e ruínas do ser A noite me veste de ausência e fome Sou só um silêncio tentando entender Há sombras que dançam no fundo Feitas de tudo que o dia esqueceu Cada passo é um pacto com o não-feito Com aquilo que nunca se deu Há sombras que dançam no fundo do peito Feitas de tudo que o dia esqueceu