Eu sinto raiva desse desespero. Eu me demoro no meu sofrimento Engulo em seco o nó na garganta que eu mesmo criei. Não suporto meu meio de viver sempre ao intermédio. Eu preparo o meu próprio epitáfio. No descaso, sinto-me em pedaços. Meu coração deseja o que o corpo não consegue fazer. Não suporto não saber dizer não e fico ao intermédio. Seria tão mais fácil se eu simplesmente aceitasse ou negasse de vez, mas não. É o meio que eu pertenço. É o meio que eu pertenço. Se eu não gosto, eu logo faço nada. Me consumo com a boca fechada. Nego meu instinto selvagem que me diz p'ra gritar. Corto os pulsos da minha vontade e sigo ao intermédio. Seria tão mais fácil se eu simplesmente aceitasse ou negasse de vez, mas não. É o meio que eu pertenço. É o meio que eu pertenço.